segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Quem apenas procura defeitos só pode encontrar defeitos


Cinco empates, quatro deles 0-0, podem tolher as ideias a muita gente. Por isso mesmo não me espanta o que fui lendo nas últimas semanas um pouco por toda a Bluegosfera. Muito menos em alguns espaços que não têm feito outra coisa que não seja ridicularizar o Nuno desde o dia em que foi apresentado. Seja porque comunica de forma diferente, seja porque se preocupa com a parte defensiva da estratégia da equipa, ou porque uma vez se esqueceu de puxar o autoclismo no fim de fazer o serviço. Tudo neste FC Porto é esmiuçado na busca de um problema, de um defeito, e, obviamente, quando assim é não é possível encontrar virtudes em lado nenhum.

E o FC Porto de Nuno Espírito Santo (NES) tem muitos méritos. Falar na defesa já é inútil porque já todos perceberam que está ali um verdadeiro muro. Além disso esta equipa tem paixão, tem vontade de fazer mais e melhor. Tem qualidade individual colocada ao serviço do colectivo. Tem jogadores experientes, tem juventude, tem simplicidade de processos alternada com rasgos individuais. Este plantel tem muito Porto. Não podemos deixar que os (esperemos que passageiros) problemas na finalização nos façam esquecer tudo isto.

Nos últimos seis jogos os comandados de NES marcaram apenas dois golos, mas não é menos verdade que qualquer um dos adversários foi completamente massacrado durante largos minutos de jogo. Da próxima vez que ouvir alguém dizer que o FC Porto vive das individualidades pegue no telemóvel e desafie o autor de tal afirmação a ver o resumo do FC Porto - Benfica. Ou do Copenhaga - FC Porto. Ou do FC Porto - Braga. Em poucos minutos o mito cairá.

Nuno é o melhor treinador do mundo? Não, não é. O FC Porto é uma equipa perfeita? Longe disso. Mas é uma equipa jovem e em clara evolução, cheia de ambição e atitude, que merece ser apoiada. O Rui Pedro não salvou o treinador, ajudou uma equipa que muito tempo antes do camisola 59 ter entrado já merecia estar a vencer por vários golos de vantagem. NES teve a coragem de confiar num miúdo de 18 anos para fazer o que ninguém conseguia há quatro jogos - meter a bola na baliza -, mas mesmo assim ainda conseguiram gozá-lo criticá-lo por isso. Por vezes pergunto-me se o FC Porto precisa mesmo de inimigos...

P.S.: Chupa, Marafona.

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