terça-feira, 22 de novembro de 2016

No bom caminho


Não se trata de uma vitória moral, longe disso, mas admito que gostei de ver este FC Porto, especialmente o da segunda parte. Depois de um prolongamento no fim-de-semana, jogar com tanta intensidade e crer não está ao alcance de qualquer equipa. Mais ainda quando o adversário coloca também ele tanta intensidade no jogo como fez o Copenhaga e num relvado que envergonharia uma equipa das distritais. Os Dragões lutaram com quantas forças tinham e mereciam mais do que o empate. Algumas coisas que saltam à vista:

A boa preparação física dos jogadores do FC Porto. Telmo Sousa (recuperador físico) e António Dias (preparador físico) estão de parabéns. Nuno Espírito Santo tem abusado na utilização de vários elementos e estes parecem não ter qualquer problema com isso. As lesões têm sido raríssimas e ver a equipa correr como fez na Dinamarca depois de 120 minutos no último Sábado é sinal de que neste capítulo o clube está bem servido.

Com este onze a música é outra. Se fosse eu o treinador do FC Porto a equipa que começou hoje contra o Copenhaga seria praticamente a minha preferida - continuo a preferir Layún a Maxi. É certo que as dificuldades na finalização continuam, mas o resto está tudo lá. Cabe à SAD arranjar soluções válidas em Janeiro que permitam a NES alguma margem de manobra. E com isto chegamos ao próximo ponto:

Um banco a fazer de conta. O plantel é grande, talvez demais, mas a verdade é que os Dragões chegaram a um jogo que poderia ser decisivo na Liga dos Campeões com um lote de suplentes que claramente pouco conta para o treinador, como as substituições tardias (primeira ao minuto 84) e praticamente forçadas denunciaram. NES até se deu ao luxo de fazer apenas duas, tal era a (falta de) confiança nos restantes jogadores. E até prefiro nem comentar a ausência de Brahimi... De que vale a pena ter um plantel tão grande se são precisos quase os dedos de duas mãos para contar os atletas que estão só a fazer número?

Falta agora um jogo e é precisamente contra a última equipa que venceu o FC Porto: o já apurado Leicester City. Que o Telmo Sousa e o António Dias continuem a fazer um bom trabalho e que o André Silva e o Diogo Jota voltem a descobrir o caminho para a baliza o mais rapidamente possível, mas, mais importante que tudo, que esta vontade de vencer seja para manter em todos os jogos, começando já no próximo jogo no Restelo.

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